Qual a diferença?

Atividades físicas 

São aquelas que caracterizam um envolvimento motor com ações musculares sincronizadas ou não, onde são capazes de gerar um gasto calórico mínimo para quebrar a homeostase (equilíbrio biológico basal de manutenção das funções vitais de um indivíduo). Estas poderão ser realizadas dentro ou fora de uma academia, supervisionada ou simplesmente de acordo com a determinação do praticante. Em outras palavras ações do cotidiano como: caminhar, correr ou praticar um esporte, passear com animal de estimação, empurrar um carrinho de supermercado até o carro, ou simplesmente dançar com os amigos...etc. Na minha visão, essas ainda são ações que servem para tirar a população da inatividade (aspecto positivo). No entanto, são pouco eficientes para promoção e manutenção da saúde, dentro do mesmo contexto. Costumo fazer uma analogia com “automedicação", pelo fato de ser sem controle profissional de precisão, como ocorre com uso indevido de medicações, podendo ser nocivo. Essa possibilidade torna-se quase que inexistente quando assunto for exercício físico. As atividades físicas sempre farão parte de nossas vidas, pois são ações musculares primárias a qualquer outra implantação de exercícios. Mas vale lembrar que muitas vezes a aplicação destas poderão ser insuficientes ou excessivas, não garantindo assim a condição de otimizar ou manter resultados positivos,no que diz respeito, ao contexto de saúde individual. 

Exercícios Físicos

Por outro lado, os exercícios físicos são ferramentas poderosas quando prescritos por um profissional devidamente qualificado, neste caso, as principais características são a precisão e o controle pleno das variáveis de treinamento. Embora esta atitude exija uma embasamento teórico prático do educador físico, o mesmo também deve adequar a prescrição às diretrizes do treinamento como: 

- Individualidade biológica 

- Controle das variáveis de treinamento Volume e Intensidade 

- Periodização

Todas estas, precedem a um conhecimento aprofundado de anatomia, histologia e fisiologia humana, bioquímica, biomecânica e cinesiologia...etc. Sendo assim, o profissional habilitado para prescrição de exercícios, deve pensar em cada aluno de forma individualizada, adequando seus treinos, aplicações de princípios e métodos de acordo com a condição inicial (previamente avaliada), objetivos ou metas (ao alcance do aluno), e reconhece-lo como um paciente, a final você é um profissional da saúde. 

Cada aluno deve passar por uma anamnese e avaliado sobre sua condição dos parâmetros de risco, e buscar informações básicas como: 

- Se apresenta alguma patologia? (Crônica/ Aguda) 

- Gênero (masc./fem.) 

- Idade? 

Nosso próximo posicionamento, é esclarecer que nossa real função como profissional é de gerar resultados máximos, em um curto período de tempo, porém priorizando sempre a manutenção e ampliação dos aspectos relacionados a saúde. 

Embora seja importante ouvirmos e trocarmos informações com nossos pacientes(alunos), fica claro que devemos impor condições capazes de gerar significativas mudanças no estilo e na qualidades de vida deles. 

Esclarecendo nossa função como treinadores: É necessário esclarecer que nossa função não é agradar nem trazer conforto, muitas vezes, será preciso trabalhar com esforços submáximos e exaustivos, Então “sem essa de o aluno dizer ao treinador o que deve ou quer fazer”, os habilitados somos nós a princípio, falo assim, porque sou Personal Trainer de outros Personais Trainer e colegas da área da saúde, assim sendo, abrimos alguns precedentes. Veja bem, peço que por um instante imaginem, a seguinte situação: O paciente chega ao médico e diz para ele qual remédio deve ser receitado? A dosagem? E que o remédio deve ter o gosto de chocolate, pois é o sabor que ele mais gosta? “Criou a cena?  - Chega ser utópico!” 

Então, porque alguns, são submissos ao ponto de aceitar isso? Nunca faça isso, se você é o responsável pelo sucesso ou fracasso da prescrição, seja seguro e preciso, ou volte a estudar mais! O que segura seu aluno, não é sua flexibilidade, mas a credibilidade que você passa, e posteriormente a satisfação do resultado. Quanto nossa postura, devemos ser responsáveis e éticos, não podemos ver nossos alunos como um cifrão, e falar tudo que ele quer ouvir. Se quer agradar, faça-o ter responsabilidades com os resultados, lembre-se saúde e melhoras estéticas são multifatoriais, portanto dependem diretamente das ações fora do treinamento. Costumo deixar claro aos meus pacientes, cinquenta por cento (50%) é minha responsabilidade, mas os outros são de responsabilidade deles. Muitas vezes esses tem muitas atribuições de cotas de responsabilidade, provindas de ações e acompanhamento multidisciplinar. Faz se necessário esclarecer ,como anteriormente mencionado, gerar protocolos e gerir resultados não é uma tarefa fácil. Em particular, não acredito em aulas ou prescrições generalizadas. No meu entendimento são apenas atividades físicas,com grande aspecto motivacional, mas não descarto o perigo de lesões ou eventos como overtraining (excesso de treino), e em alguns casos extremos morte súbita. Nada contra as aulas em grupos ou “Pacotes fitness”, mas por outro lado tudo a favor da prescrição individualizada, e do trabalho do personalizado e valorização do Personal Trainer! 

Concluindo, a valorização profissional vem da qualidade de trabalho, e do compromisso entre o Personal Trainer e seu aluno (paciente). Vale ressaltar, que dentro da educação física o trabalho do Personal Trainer, é uma das mais bem reconhecidas contribuições do curso para saúde pública ou privada. 

Contudo, até a próxima, onde falaremos sobre as ações da prática de exercícios e como prescrevê-los para os mais variados objetivos. 

Falaremos também sobre a posição da ciência sobre aspectos como hipertrofia e emagrecimento: 

- Quais são os exercícios mais recomendados? 

- Como são suas classificações? 

- Mitos a respeito das prescrições
- Métodos e protocolos mais utilizados na atualidade.


Em breve estarei preparando um e-Book Especial com muitas novidade para vocês.

Prof. Sandro Vinholes
Personal Trainer & Consultant of Sport

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