Dor lombar e excesso de carga durante o Treino de Bíceps


Existe um aumento no número de lesões originadas durante treinamentos resistidos, principalmente devido à utilização de cargas inadequadas em combinação com posturas incorretas. Isto acontece, sobretudo, quando os exercícios são realizados em pé e, particularmente, nos músculos posturais, como os eretores da espinha, e em atletas profissionais. Entre os exercícios resistidos um dos mais praticados é o rosca bíceps, que exercita os músculos flexores do cotovelo, o qual, devido às características peculiares à sua execução, suscita muitas preocupações, principalmente quando realizado sem a devida orientação. Estas preocupações se concentram no fato da carga ser posicionada anteriormente ao corpo do praticante, durante sua execução. Isto possibilita a hiperextensão da coluna lombar, que pode ser acentuada dependendo da quantidade de carga e da técnica de execução utilizadas, promovendo assim uma distribuição inadequada da carga sobre os discos intervertebrais e aumentando o risco de lesões.

Aliado a todos estes fatores encontra-se a fadiga muscular, definida como a impossibilidade de realização de determinada tarefa devido às falhas no sistema neuromuscular, acarretando diminuição na produção de força durante contrações isométricas e isotônicas, e podendo aumentar o risco de lesão da região lombar. O fenômeno da fadiga muscular já tem sido objeto de estudo há várias décadas, entretanto, algumas dúvidas persistem sobre o comportamento das unidades motoras durante tais atividades.
Uma das ferramentas biomecânicas mais utilizadas para a investigação da atividade muscular, e consequentemente da fadiga muscular, é a eletromiografia (EMG) que mede a amplitude e/ou a frequência dos disparos das unidades motoras durante a execução de determinada tarefa ou movimento. Embora a EMG seja amplamente utilizada em estudos com fadiga muscular, poucas investigações se destinam a estudar o comportamento dos músculos eretores da espinha durante a realização de exercícios resistidos.

Tendo em vista a grande frequência desta modalidade de exercício nos programas de treinamento, com intuito de manutenção das capacidades físicas básicas assim como da forma atlética, evidencia-se a necessidade de indicadores mais objetivos sobre o desenvolvimento da fadiga muscular durante os treinamentos, assim como o efeito da concentração de cargas deslocadas sobre os músculos eretores da espinha. Neste sentido, o objetivo do presente estudo foi avaliar o comportamento da atividade dos músculos eretores da espinha bilateralmente durante a realização do exercício rosca bíceps, com diferentes porcentagens de carga até a exaustão.

Fonte: http://www.fade.up.pt/rpcd/_arquivo/RPCD_vol.6_nr.2.pdf#page=38


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